O que parecia ser uma linha de crédito rápida e sem
burocracia, destinado a amenizar o sofrimento do produtor nordestino pelo
quadro desolador de seca estabelecido na Região, não foi o que os produtores
rurais deste município presenciaram na reunião de hoje.
As explicações pelo representante do BNB, instituição
financeira responsável pela gerência do crédito, foram de encontro ao que
muitos esperavam. Os requisitos solicitados são os mesmo para quem vai contrair
um financiamento em linha normal do próprio Banco. Não terão direito ao crédito pessoas que
estejam inadimplentes em instituições creditícias, quem não apresentar todos os
documentos exigidos pelo agente bancário, os assentados que não possua a DAP
definitiva, a elaboração dos projetos que certamente será lenta e compassada, o
envio dos projetos ao Banco que irá analisar um a um e por aí vai. Uma série de
exigências a quem vem tentado num esforço sobre-humano manter seu patrimônio. O
tempo é impiedoso e mesmo sendo animais, não conseguirão sobreviver sem
alimentação por muito tempo. Com toda essa morosidade, é como diz o ditado
popular “MORRE O BURRO E QUEM O TANJE”.
Convenhamos se num momento delicado como esse ora vivido, é
difícil um agro produtor conseguir dinheiro para a sua própria sobrevivência e
da sua família, imagine manter atualizado todos os seus compromissos dentro do
prazo de vencimento. Na verdade o que se viu foi um grande descontentamento por
parte de muitos que vieram a reunião, pois já saíram dela desiludidos por não
estarem aptos a ter o direito ao crédito.
Fica a nossa indagação, se o Crédito Emergencial foi criado
para dar uma contribuição ao produtor rural, que ora sofre com a estiagem,
porque tanta burocratização para se ter direito a ele?
Pois é Carlos, enquanto exigem isso tudo pra o produtor conseguir o sustento da sua família, a justiça eleitoral cobra muito pouco para ser candidato. É por isso que acontece o que acontece.
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